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ADMINISTRAÇÃO DO CONHECIMENTO

ADMINISTRAÇÃO DO CONHECIMENTO

terça-feira, 23 de outubro de 2007.
ADMINISTRAÇÃO DO CONHECIMENTO
Peter Drucker analisava, há mais de 30 anos, as implicações de o conhecimento passar a ser sinônimo de poder e propriedade. Para ele, se o conhecimento, e não o trabalho, fosse a medida da sociedade econômica, a estrutura da sociedade capitalista deveria mudar: “O profissional especializado é o verdadeiro capitalista, na sociedade do conhecimento, e depende de seu emprego. O conjunto de profissionais especializados, a classe média educada da atual sociedade, que atua em empresas, possui os meios de produção, graças aos fundos de pensão, fundos de investimento e assim por diante.” E continua dizendo que, de agora em diante, a chave é o conhecimento. O mundo não está se tornando intensivo em termos de capital, insumos e energia, mas, em termos de conhecimento.

Apesar desta teoria ter sido criada há tanto tempo, há algo que permanece na civilização atual, como um princípio básico: a importância do conhecimento. A globalização trouxe, consigo, a diminuição de distâncias e permitiu um fluxo intenso de informações. Algumas desnecessárias, outras raras e valiosas, outras estratégicas. A identificação e a seleção das informações permite a produção do conhecimento.  Conhecimento esse que poderá ser utilizado em coisas simples do dia-a-dia ou em um complexo processo de tomadas de decisões. A utilização deste conhecimento, de forma sistemática, resultará em algo conhecido como gestão do conhecimento.

O termo gestão do conhecimento, através de duas palavras, introduz um pensamento de peso significativo. A primeira comunica uma idéia de processo, portanto, dinâmica e holística. A segunda refere-se à noção de informações acumuladas, às quais podem e devem ser gerenciadas. A formulação deste conceito nos leva a um caminho muito mais amplo, que até então não havia sido discutido: gerenciamento. Este termo, apesar de tão comum na sociedade atual, origina-se em uma disciplina denominada ADMINISTRAÇÃO. Segundo Drucker, a administração permanecerá como uma instituição básica e predominante, talvez, pelo tempo em que existir a própria civilização ocidental. A maior conquista deste pensador consiste em identificar a administração como uma disciplina humana e desvinculada do tempo.

É interessante observarmos e constatarmos que a administração foi utilizada para construir a grande muralha da China, erguer as pirâmides, cruzar os oceanos, pela primeira vez, e comandar exércitos. “Administração significa tarefas e é sinônimo de disciplina, mas, também, significa seres humanos”, escreveu Drucker. “Toda realização da administração é, também, a realização de um dirigente. Todo fracasso representa o fracasso de um dirigente. As pessoas administram, não as forças ou os fatos. A visão, a dedicação e a integridade dos gerentes determinam se existe uma administração ou mau gerenciamento.”

Diante disso, é possível afirmar que a gestão do conhecimento, ou seja, a administração do conhecimento depende, inteiramente, do seu dirigente, neste caso, o profissional possuidor do conhecimento. Sendo assim, é de suma importância aprendermos a administrar. Administrar não somente as organizações, que são o alicerce da nossa civilização, mas, também, o cotidiano, a família, os relacionamentos, a carreira, a vida. O estudo do curso de Administração, em uma instituição de ensino superior, permite não somente adquirir conhecimento, mas, também, uma evolução pessoal e profissional.

Resumidamente, podemos estabelecer cinco princípios básicos para o papel do administrador, que também foram formuladas, primeiramente, por Peter Drucker: definir objetivos, organizar, motivar e comunicar, avaliar e, finalmente, desenvolver pessoas. O mais importante é que a função que distingue um dirigente, acima de todos os demais, é a sua função educacional. A contribuição específica que se espera dele é proporcionar, aos demais, uma visão e habilidade para desempenhá-la. É a visão e a responsabilidade moral que, em último patamar, define o gerente. Essa moralidade se reflete nas cinco áreas identificadas por ele, “nas quais se exigem ações para assegurar a atitude correta, em toda a organização administrativa”.

O profissional especializado nesta área vê, a si próprio, simplesmente como um outro profissional, sem ser diferente do advogado, professor, contador, médico ou funcionário público. O pai da Administração foi brilhante e – porque não – polêmico ao afirmar que o profissional desta área possui a mesma instrução que os demais profissionais, mas tem maior rendimento e, provavelmente, maiores oportunidades também. O profissional compreende bem que depende da organização para ter acesso ao rendimento e às oportunidades, e que, sem o investimento realizado pela organização – e, ainda assim, um grande investimento – não haveria trabalho para ele; e também compreende, e de forma correta, que a organização depende, igualmente, dele. Além disso, o administrador possui as habilidades necessárias para desenvolver e potencializar todo o conhecimento adquirido. Finalmente, é possível afirmar que a administração está presente em todas as áreas de atuação, seja ela relacionada à saúde, educação, política e entretenimento. Um bom gerenciamento permite a geração de resultados com melhor aproveitamento dos recursos disponíveis e maiores probabilidades de sucesso.

CRAINER, Stuart. Os revolucionários da administração. São Paulo: Negócio Editora, 1999.

Artigo  escrito  pela Adm. Leandra do Couto Teixeira, bacharel em Administração, pelo UNIFOR-MG, e funcionária do Centro Universitário, no Departamento Pessoal.

O artigo não foi publicado na íntegra.

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