
Homenagem: Teresa faz uma ôla no céu
quarta-feira, 09 de maio de 2012.
tradicional palmada do médico. Diferentemente de todas as crianças,
Teresa não chorou… ela sorriu. Deus, então, percebeu que ela era o
anjo que faltava em sua legião e a chamou imediatamente de volta. Mas,
era tarde. A menina, tão esperada e tão bem acolhida, já havia cativado a
todos ao seu redor e, por tanto ser amada, não quis se afastar do calor
e do carinho de seus familiares. A resposta de Teresa? Ela levantou os
bracinhos e balbuciou pra Deus: “vamos fazer uma ôla pros anjinhos do
céu!” Deus não aguentou e, com a gargalhada da menina, sorriu também.
Quando a menina Teresa nasceu, como todas as crianças, recebeu a tradicional palmada do médico. Diferentemente de todas as crianças, Teresa não chorou… ela sorriu. Deus, então, percebeu que ela era o anjo que faltava em sua legião e a chamou imediatamente de volta. Mas, era tarde. A menina, tão esperada e tão bem acolhida, já havia cativado a todos ao seu redor e, por tanto ser amada, não quis se afastar do calor e do carinho de seus familiares. A resposta de Teresa? Ela levantou os bracinhos e balbuciou pra Deus: “vamos fazer uma ôla pros anjinhos do céu!” Deus não aguentou e, com a gargalhada da menina, sorriu também.
Foi assim a trajetória de Teresa: ela continuou levando palmadas da vida e dissipava as dores com a alegria. Deus não desistiu… se encantava cada vez mais com a criatura que driblava o sofrimento e que vertia as lágrimas em sorrisos sempre que elas lhe brotavam nos olhos e quando recebia a notícia já corriqueira: vai ter que ficar internada. Esse anjo bom fazia falta no céu. Deus insistia. A resposta de Teresa?…“vamos fazer uma ôla pros anjinhos do céu!” e seguia adiante com toda a sua fragilidade desafiando a vida.
Teresa conquistou inúmeros amigos. Ela enchia o ar com sua graça por onde passava. Como já sabia tudo porque aprendeu a sobreviver nas brechas da vida, a inventar esperança onde tudo parecia perdido, a conhecer a dor pelo sorriso… cismou que seria educadora para dividir com as crianças um pouco de sua sabedoria. Poderia ter gasto o tempo de formação no curso de Pedagogia para momentos de prazer, para a diversão, para sair com os amigos… “mas como deixar tantos anjinhos na terra sem professora?”, perguntaria Teresa.
E não se contentou com o curso de graduação. Queria também aprender a sorrir pelas mãos no Curso de Pós-graduação em Libras. E, foi assim, completa como educadora, formada pela vida e pela faculdade, que Teresa não mais resistiu aos apelos de Deus: aceitou o convite para alfabetizar os anjinhos da creche do céu. Partiu suavemente, com delicadeza e ternura, deixando seu sorriso e sua alegria em nossa memória.
E se engana quem pensa que ela nos abandonou… hoje, a menina Teresa comanda uma legião de anjos que, todas as noites, fazem uma ôla para os seus amigos da terra. Quem quiser ver, basta mirar as estrelas e observar como o seu brilho muda de intensidade ao ritmo da ôla de Teresa e de seus alunos angelicais.
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