PESQUISADOR, EM PARCERIA COM O UNIFOR-MG, REGISTRA A PRIMEIRA OCORRÊNCIA DE TECTITOS NO BRASIL - UNIFOR-MG
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PESQUISADOR, EM PARCERIA COM O UNIFOR-MG, REGISTRA A PRIMEIRA OCORRÊNCIA DE TECTITOS NO BRASIL

PESQUISADOR, EM PARCERIA COM O UNIFOR-MG, REGISTRA A PRIMEIRA OCORRÊNCIA DE TECTITOS NO BRASIL

sexta-feira, 22 de novembro de 2024.
PESQUISADOR, EM PARCERIA COM O UNIFOR-MG, REGISTRA A PRIMEIRA OCORRÊNCIA DE TECTITOS NO BRASIL

O Laboratório de Mineralogia do UNIFOR-MG realizou em conjunto com o pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) e Doutor em Astrobiologia, Gabriel Gonçalves, os testes iniciais em amostras que se revelaram como tectitos. Os mesmos foram enviados por um morador da localidade onde os descobriu.

Tectitos são vidros formados pelas altas temperaturas geradas pelo impacto de grandes meteoritos na crosta terrestre. A energia liberada é tão grande que funde as rochas locais e as espalha por quilômetros, sendo que as mesmas resfriam rapidamente no ar e adquirem formas aerodinâmicas.

Externamente são muito semelhantes às escórias de alto fornos, como os de siderurgia e calcinação, às obsidianas (rochas vítreas vulcânicas) e mesmo ao vidro comum, embora se apresentem corpos individualizados com formas aerodinâmicas. Em um congresso recente, o Prof. Dr. Álvaro Crósta, da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), e o Dr. Ludovic Ferriere, do Museu de História Natural de Viena, apresentaram dados dos novos tectitos.

Segundo o trabalho, os tectitos são encontrados em campos de dispersão a centenas de quilômetros de distância da cratera de origem. Geralmente, os tectitos têm características únicas, sendo a principal delas seu conteúdo extremamente baixo em água.

Atualmente são conhecidos seis campos de dispersão de tectitos: Australásia, Europa Central, Costa do Marfim, Norte-Americano, Belize e no Uruguai. A ocorrência no estado de Minas Gerais levou a denominá-los como Geraisitos, o que definitivamente se torna a primeira ocorrência brasileira destes incríveis materiais e a sétima no mundo. Carlos Augusto Di Pietro atua na Brazilian Meteor Observation Network (BRAMON), uma rede que rastreia bólidos por um sistema especializado de câmeras fixas e software em várias latitudes. Ele ressalta a grande importância da descoberta e seus primórdios, o que enriquece muito os conhecimentos de meteorítica e astronomia.

Segundo o Prof. Anísio Cláudio Rios Fonseca, a participação do UNIFOR-MG através do Laboratório de Mineralogia, numa descoberta desta magnitude é um feito de enorme relevância científica em termos mundiais e para a comunidade científica. A parceria com o Dr. Gabriel Gonçalves e demais pesquisadores tornou tudo possível.

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