icone buscar
Elizabeth Fátima Teodoro

Elizabeth Fátima Teodoro

quarta-feira, 12 de maio de 2021.
Elizabeth Fátima Teodoro

A IMPORTÂNCIA DA INICIAÇÃO CIENTÍFICA PARA O ALUNO DE GRADUAÇÃO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

A vida sempre nos convoca a sermos melhores que nós mesmos, não é? Pelo menos, é essa a sensação que tenho, ao frear esse ritmo alucinante que vivemos cotidianamente para refletir sobre meu percurso acadêmico. Muitas perguntas surgiram ao dar início a essa atividade “incomum” no meio acadêmico: “Como escapar do que insiste em se escrever em mim? Como iniciar um texto falando de uma história que ainda está em curso? Como dotar de sentido o que, muitas vezes, não possui sentido algum?”. Talvez esses questionamentos sejam consequências da necessidade de aparar algumas arestas para efetuar um relato que não tem nada de fôrmas e formas, mas de form[Ação].

Assim, ao ser convidada para falar um pouco do meu percurso acadêmico nas trilhas da iniciação científica, fiquei pensando em um modo de mostrar aos alunos, que estão começando sua aventura nos mais variados cursos de graduação, a importância da iniciação científica, tanto em uma formação que pretende seguir no espaço acadêmico por meio do mestrado, doutorado e outros, quanto no profissional. Portanto, as linhas que se seguem visam, não só apresentar um relato de minha experiência enquanto bolsista de iniciação científica, mas, principalmente, uma tentativa de fazer ressoar nos alunos o desejo pela pesquisa e seus caminhos, por vezes, sinuosos.

Iniciei meu percurso acadêmico no Centro Universitário de Formiga – UNIFOR/MG e bem no começo tive o prazer de conhecer Ivani Pose, que na época era diretora do Instituto de Ciências da Saúde. Digo prazer, pois ela abriu as portas para que eu participasse do projeto de extensão “Saúde Solidária”, possibilitando um contato real com a comunidade de Formiga e região. Essa interação me permitiu o exercício constante do perscrutar “o que eu quero ser enquanto pessoa e profissional”.

Rapidamente, conheci, por ela, diversas pesquisas que coordenava e adentrei no universo da iniciação científica com um projeto belíssimo intitulado “Plantas medicinais: farmácia alternativa, produtos naturais aplicados à saúde”, que surgiu de um desejo de resgatar a importância do uso das plantas medicinais na região de Formiga, oferecendo à população o conhecimento e a troca de experiências sobre o uso e cultivo das plantas medicinais. Isso me permitiu viver a pesquisa em todas as suas fases, desde a construção do projeto até a elaboração do relatório final, exercitando maior habilidade de leitura, operando extrações críticas, desenvolvendo capacidade de expressão, reflexão, escrita e reescrita, que culminaram na ampliação do horizonte metodológico que cerceia as investigações que se pretendem científicas.

Esses contatos iniciais me possibilitaram construir uma base sólida, bagagem que levei comigo para me auxiliar em minha segunda graduação na Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG Divinópolis, ainda em curso. Assim, como permitiu que eu passasse no processo seletivo para o Mestrado na Universidade Federal de São João del-Rei. Visto que a inserção na iniciação científica proporciona ao aluno aprender fazendo e reconhecendo a própria autoria naquilo que é produzido.

Elizabeth Fátima Teodoro é Enfermeira graduada pelo Centro Universitário de Formiga – UNIFOR/MG. Graduanda em Psicologia, pela Universidade do Estado de Minas Gerais. Pós-graduada em Gestão em Saúde Mental pela Universidade Candido Mendes. Aluna de Mestrado em Psicologia, na Linha de Pesquisa “Fundamentos Teóricos e Filosóficos da Psicologia”, pela Universidade Federal de São João del-Rei.

Pular para o conteúdo