Esta data muito me aquece o coração, pois relembra a caminhada profissional, acadêmica ou científica, que tive que traçar para construir o hoje, junto com todos os outros profissionais da minha área.

Crescemos no equilíbrio, na integridade, na leitura, na pesquisa e na perseverança, elementos que corroboram para a construção do saber profissional e pessoal.

A solidão, que também perpassou e ainda perpassa o caminho de muitos bibliotecários, formados recentemente ou não, é outro elemento que muito pode nos ajudar para avançarmos na maturidade.

Nesta data, poderíamos comemorar muito mais do que comemoramos. Portanto, gostaria de fazer um convite a todos os bibliotecários: que busquemos divulgar mais o curso no qual nos formamos. Não falo apenas de um curso de Biblioteconomia, falo de um curso que fez história e ainda faz e de uma instituição de ensino – o UNIFOR-MG – que tem ex-alunos atuando em muitos estados do Brasil. Bibliotecários responsáveis por importantes grupos de pesquisa na área. Bibliotecários doutores, doutorandos, mestres e mestrandos em Ciência da Informação. Estamos nos referindo a você, profissional, que, no seu cotidiano, busca, com o trabalho, ter a dignidade humana e preservar o cunho liberal e humanista da profissão.

Para nós, formados, a luta é um tanto diferente de quem ainda está buscando a formação. Mas não deixa de ser indiferente, já que se reavivam em nossas memórias as discussões feitas em sala de aula quanto à valorização do profissional, inserção no mercado tanto profissional quanto de ciência e tecnologia.

Que a Lei 4.084, de 30 de junho de 1962, que dispõe sobre o exercício da profissão de bibliotecário, seja o ponto inicial de reflexão e ação para descobrirmos novos ambientes de atuação e, assim, construirmos novos horizontes.

Aos meus colegas bibliotecários, desejo muitas reflexões e novas atitudes perante os desafios que o mundo nos apresenta. Que a fé dos profissionais bibliotecários seja sempre revigorada no entusiasmo com a profissão.

Deixo o convite à leitura, análise e reflexão do nosso Juramento, que marcou um dos momentos mais esperados no período de formação. Assim, como todos os bibliotecários, espero construir e celebrar dias melhores, para a área que, de certa forma, ajudamos a 'construir' e deixaremos para os futuros bibliotecários:

"Prometo tudo fazer para preservar o cunho liberal e humanista da profissão de Bibliotecário, fundamentado na liberdade de investigação científica e na dignidade da pessoa humana”.

Artigo escrito por Júlio Vitor Rodrigues de Castro, formado em Biblioteconomia, pelo UNIFOR-MG; mestrando em Ciência da Informação, pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais); e consultor em Gestão da Informação e Documentação.

O artigo não foi publicado na íntegra.