Na noite de 19 de agosto, aconteceu no Salão Nobre “Walmor de Borba” a mesa-redonda especial que deu início à programação da XXI Mostra Integrada de Pesquisa e Extensão (MIPE), que neste ano trouxe como tema “Mulheres na Ciência: superando desafios e construindo o futuro”. O encontro reuniu palestrantes de universidades brasileiras e internacionais, proporcionando uma rica troca de experiências com a comunidade acadêmica do UNIFOR-MG.

A Profa. Dra. Graça Ferreira Simões Carvalho, da Universidade do Minho (Portugal), destacou como a ciência pode ajudar nos problemas do dia a dia de forma prática: “Primeiro de tudo é fazer uma boa ciência e adaptá-la para o Ensino, para popularizar a ciência e transmitir para a população, de maneira que qualquer pessoa possa entender e aproveitar o conhecimento da Ciência no seu cotidiano. Atualmente, o mundo exige conhecimento e práticas por todas as questões tecnológicas e a ciência ajuda muito”, ressaltou. 

A Profa. Dra. Simone de Lira, da Universidade de São Paulo (ESALQ-Piracicaba), enfatizou a relevância da sustentabilidade aplicada ao cotidiano. “A sustentabilidade é um papel de todos nós, depende muito das nossas ações diárias. Eu acho que cada um pode contribuir dentro de sua própria casa, por exemplo, vendo uma forma de reciclar tudo o que a gente usa, não consumir tantas coisas com embalagens pois elas precisam ir para algum lugar após o consumo, o óleo não pode ser jogado na pia ou na rede de esgoto, precisa dar uma finalidade correta, pode-se até fazer sabão, utilizar de alguma forma. O importante é lembrar que esta luta é de todos nós, não é só dos governantes ou de políticas públicas”, afirmou. 

O Prof. Dr. Nelson Lima, também da Universidade do Minho, abordou a função social das universidades e a necessidade de tornar as pesquisas acessíveis. “A ciência aplicada fala justamente sobre a transação do que produzimos entre os muros das universidades para a sociedade. Ela chega na sociedade com inovação, com capacidade de resolver os problemas mais pungentes e, hoje, os grandes desafios da sociedade visam ter mais qualidade de vida e segurança alimentar. Este é um trabalho que precisamos repercutir e, naturalmente, sabermos reagir às mudanças climáticas, que nos impactam de várias formas”.

Representando o Centro Universitário de Formiga, o Prof. Dr. Heslley Machado Silva destacou a relevância da MIPE para a formação dos estudantes: “Tem um duplo impacto, primeiro para aqueles que já são pesquisadores e sentem-se motivados a continuar suas pesquisas, é um importante intercâmbio com outros pesquisadores, mas o mais importante é estimular todos os alunos a pensar na possibilidade de fazer pesquisa. Aproveitar o potencial que a Instituição tem de pesquisa e extensão e acreditar que é possível apresentar um projeto, participar de uma pesquisa, ter uma bolsa de iniciação científica, participar de congressos internacionais. Isto torna o estudo e a presença no UNIFOR-MG cada vez mais importante e torna este ambiente vibrante”, destacou o professor.

Com grande participação do público, o primeiro dia da MIPE reforçou sua proposta de integrar ensino, pesquisa e extensão, incentivando a produção científica e valorizando a ciência como instrumento de transformação social.